_____________________________________
-> Vamos começar do começo:
O que é o Diabetes?
O Diabetes Mellitus é uma doença crônica que ocorre quando o pâncreas não consegue mais produzir insulina ou quando o corpo não consegue fazer bom uso da insulina que produz, sendo dividido em diferentes tipos.
O corpo não consegue utilizar a glicose para gerar energia, pois a insulina não está desempenhando seu papel, que é ser a chave que abre as portas das células para a glicose entrar.
Assim, acontece os níveis elevados de glicose no sangue (conhecido como hiperglicemia). A longo prazo, níveis elevados de glicose estão associados a danos ao corpo e à falência de vários órgãos e tecidos.
Para ter uma boa saúde é necessário um bom controle glicêmico, ou seja, que a glicose (açúcar) do sangue esteja dentro dos níveis considerados normais, sendo avaliado individualmente para cada pessoa, utilizando-se um monitor de glicemia.
Se você tem diabetes ou convive com quem o tenha, entre em contato por WhatsApp e descubra se a consulta de Educação em Diabetes é para você!
Pré-Diabetes
Não é um diagnóstico de doença, e sim um estado de risco aumentado para vir a desenvolver DM2. Identifica pessoas que apresentam níveis de glicemia em jejum entre 100 e 126 mg/dL. Na maioria das vezes, o pré-diabetes não tem sintomas. Identificá-lo permite você cuidar melhor de sua saúde e afastar os riscos de desenvolver diabetes no futuro.
Cerca de 8% da população brasileira encontra-se no estágio de pré-diabetes.
Diabetes Tipo 1 (DM1)
Em algumas pessoas, o sistema imunológico ataca as células beta do pâncreas, que produzem insulina; assim, pouca ou nenhuma insulina é liberada para o corpo. Como resultado, a glicose fica no sangue, em vez de ser usada como energia. Aparece geralmente na infância ou adolescência, mas em adultos também. Essa variedade é sempre tratada com insulina. Calcula-se que esse tipo de diabetes atinja de 5 a 10% a população mundial.
Diabetes Tipo 2 (DM2)
Aparece quando o organismo não consegue usar adequadamente a insulina que produz (resistência), ou não a produz o suficiente para controlar as taxas de glicemia. Se manifesta mais frequentemente em adultos, mas crianças também podem apresentar. O tratamento consiste na realização de atividade física, planejamento alimentar, uso de insulina e/ou medicamentos orais, para o controle glicêmico, evitando complicações comuns da doença.
O diabetes tipo 2 é responsável por cerca de 90% dos casos de diabetes no mundo.
Diabetes Mellitus Gestacional (DMG)
Condição temporária que acontece durante a gravidez, onde ocorrem adaptações na produção hormonal materna para permitir o desenvolvimento do bebê. A placenta é uma fonte importante de hormônios que reduzem a ação da insulina; então o pâncreas aumenta sua produção pra compensar este quadro. No entanto, em algumas mulheres este processo não é suficiente, e elas acabam desenvolvendo o diabetes gestacional, que é caracterizado pelo aumento do nível de glicose no sangue. Por isso, recomenda-se que as gestantes pesquisem, a partir da 24ª semana de gravidez: glicemia de jejum e o teste oral de tolerância a glicose (TOTG).
Afeta entre 2 e 4% das gestantes e implica em risco aumentado do desenvolvimento posterior de diabetes, para a mãe e o bebê.
Diabetes Tipo LADA
Diabetes Latente Autoimune do Adulto (LADA), é também uma forma autoimune como o DM1, mas que acontece em adultos entre 25 e 40 anos. Suspeita-se deste tipo em adultos com DM2 que iniciam com medicamentos orais, mas apresentam um comprometimento muito rápido da função do pâncreas e precisam usar insulina de forma precoce. Para confirmação do diagnóstico de diabetes tipo LADA, é necessário fazer exames de anticorpos: Anti-células Beta, Anti-GAD.
Atinge em torno de 2% da população e ocorre em adultos jovens. Chamada também de 1,5.
Diabetes Tipo MODY
Diabetes Juvenil de Início Tardio - MODY - é caracterizado por problemas na produção ou na ação da insulina, decorrentes de mutações em um ou vários genes. Ou seja, há uma lista de genes que quando sofrem mutações, resultam em ação menos eficiente da insulina; e são transmitidos de pais para filhos. Gera sintomas semelhantes aos observados em DM1 ou DM2, sendo geralmente tratado como um deles. Para confirmar o diagnóstico, é necessário fazer exames genéticos específicos.
Estima-se que afete de 1% a 2% das pessoas com diabetes, porém ainda existem pessoas com diagnóstico de DM1 ou DM2 que são MODY.
Outros
Outros tipos de diabetes, menos frequentes, são atribuídos ao uso de certas substâncias químicas ou medicamentos (como glicocorticoides), a doenças do pâncreas ou do sistema endócrino e a causas genéticas. Demandam o mesmo cuidado com as hiperglicemias e as hipoglicemias.